O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, morreu em um acidente de avião na manhã desta quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo.
Campos, que completou 49 anos, no domingo (10), foi
governador de Pernambuco e tinha cerca de 10 por cento das intenções de voto
nas últimas pesquisas para a corrida presidencial.
O avião que conduzia o candidato e mais seis pessoas saiu do
aeroporto Santos Dumont, no Rio de janeiro, em direção ao Guarujá. De acordo
com a Aeronáutica, a aeronave arremeteu quando se preparava para o pouso devido
ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato
Cessna 560XL.
A candidata à vice na chapa do PSB à Presidência, a ex-senadora
Marina Silva, não estava no avião. De acordo com a agenda de Campos, divulgada
pela assessoria de imprensa, Marina passaria o "dia gravando em São
Paulo".
Recente pesquisa feita pelo Ibope dava a Eduardo Campos o terceiro
lugar na corrida presidencial, atrás de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Roussef (PT),
e ainda não tinha conseguido capitalizar a presença ao seu lado de Marina Silva,
que na eleição de 2010 teve quase 20 milhões de votos.
O grupo do socialista acreditava que as intenções de voto de
Campos subiriam com o início da propaganda gratuita eleitoral, a partir de 19
de agosto, e com maior exposição do candidato na mídia e presença em eventos de
campanha.
O ex-governador de Pernambuco começou cedo na política, aos 21
anos, quando participou ativamente da eleição de seu avô, Miguel Arraes, um dos
ícones da esquerda na resistência à ditadura militar, para o governo de
Pernambuco em 1986.
Após ocupar cargos na administração do avô, de ser eleito deputado
estadual e federal, ser o ministro mais jovem do governo de Luiz Inácio Lula da
Silva e se eleger governador duas vezes, Campos iniciou 2013 embalado pelo
desempenho notável do PSB nas eleições municipais do ano anterior, dizendo a
Dilma que não negociaria o apoio do partido à sua reeleição antes de 2014.
Campos convenceu seu partido a abandonar o governo Dilma no ano
passado e em outubro, num movimento surpreendente, atraiu Marina para o PSB,
colocando juntos dois ex-aliados do PT na disputa contra Dilma nas eleições
deste ano.
Marina deverá ser a substituta de Campos como candidata à
Presidência pelo PSB. De acordo com o TSE, em caso de falecimento do candidato,
a substituição pode ser requerida à Justiça Eleitoral a qualquer momento, num
prazo de dez dias.
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